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sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

10 lendas urbanas


10 - Bloddy Mary (A Bruxa do Espelho)

Em 1978, o especialista em folclore, Janet Langlois, publicou nos Estados Unidos uma lenda que até hoje aterroriza os jovens do mundo inteiro, principalmente da América. Trata-se de Bloody Mary, conhecida também como A Bruxa do Espelho, um espírito vingativo que surge quando uma jovem, envolta em seu cobertor, sussurra, à meia-noite, iluminado por velas. diante do espelho do banheiro, 13 vezes as palavras Bloody Mary. Segundo a lenda, o espírito de uma mulher cadavérica surge refletido no espelho e mata de forma sangrenta e violenta as pessoas que estão no banheiro. Há quem diga que Mary foi executada há cem anos atrás por praticar as artes negras, mas há também uma história mais recente envolvendo uma bela e extremamente vaidosa garota que, após um terrível acidente de carro, teve seu rosto completamente desfigurado. Sofrendo muito preconceito, principalmente de seus amigos e familiares, ela decidiu vender a alma. Há um caso famoso de uma jovem nova-iorquina que dizia não acreditar na lenda, mas após realizar a "mórbida brincadeira", algum tempo depois (é o que os familiares dizem), ela foi encontrada morta no banheiro de sua casa.

9 - Sexta Feira 13

Há alguns anos atrás 4 amigos Filipe 14 anos,Lucas 16, Luís 18 e Bruno 20 anos, estavam em casa numa sexta - feira 13. Luís começou a contar algumas lendas urbanas, deixando os outros amigos apavorados. Quando ele terminou de contar as lendas, escutou-se um barulho vindo do andar inferior. Após muita discusão decidiram que Lucas iria descer para verificar o que causou o barulho. Passados 30 minutos, Lucas ainda não havia retornado, então Luís desceu para ver o que havia acontecido. Chegando na sala ele encontrou Lucas sentando no sofá assistindo Tv. Luís se aproximou do amigo, e quando colocou a mão em seu ombro, sua cabeça caiu. Luís correu apavorado e quando estava quase no ultimo degrau ele viu um cara com um facão na mão que disse -"Vai há algum lugar"? E deu uma facada nele arrancando seu coração. Em seguida o homem do facão foi atrás dos outros dois. Ao chegar no quarto, o homem agarrou Bruno e começou a apertar seu pescoço. Aproveitando a distração do assasino, Filipe conseguiu fugir enquanto ouvia os gritos de dor de seu amigo.


8 - Brincadeira do Compasso
 
Cinco amigos eram vidrados em jogos que envolviam espíritos, tendo preferência pela brincadeira do compasso. Pra quem não sabe como funciona essa brincadeira, a pessoa faz um pergunta qualquer ao espírito e o compasso responde através de um tabuleiro que pode ser feito em casa. Um dos garotos chamado Gonçalo perguntou o que iria acontecer no seu futuro, então o compasso rodou e falou que sua mãe ia morrer nas próximas horas. Gonçalo rapidamente ligou para sua mãe e disse: Mãe? A Senhora está aonde? Ela disse que estava entrando no elevador. Gonçalo desesperadamente falou "Mãe não entra no elevador". Assim que ele terminou a frase, o elevador despencou. Felizmente ele conseguiu avisar sua Mãe antes dela entrar no mesmo. Depois disso os garotos sem saber o que esperava por eles foram para suas casas. Mas como castigo por interferir nos planos da morte Gonçalo, foi atacado por um monstro mistérioso assim como todos os seus amigos.
 
 
 
7 - Músicas com mensagens subliminares

Quem nunca ouviu que escutando as músicas da Xuxa ao contrário poderá ouvir uma mensagem satânica? Pois é, por exemplo a música "Doce Mel" diz no refrão: "doce, doce a vida e um doce". Segundo várias pessoas virando o disco pode-se ouvir "sangue, sangue,sangue". E vocês já perceberam que a Xuxa sempre se refere a Deus como o cara lá de cima ? Agora observem o vídeo abaixo quando uma mulher pergunta a Xuxa porque ela nunca diz a palavra Deus. Quando Xuxa fala o nome de Deus ela faz um símbolo satânico nas mãos.

  http://www.youtube.com/watch?v=WJjSmNXs0pc 
 
 
- A Loira do Banheiro

Esta história é muito contada nas escolas de todo o Brasil, e sua fama é muito grande entre os alunos. Uma garota muito bonita de cabelos loiros com aproximadamente 15 anos sempre planejava maneiras de matar aula. Uma delas era ficar no banheiro da escola esperando o tempo passar. Porém um dia, um acidente terrível aconteceu. A loira escorregou no piso molhado do banheiro e bateu sua cabeça no chão. A Garota Entrou em coma e pouco tempo depois veio a morrer.  A menina não se conformando com seu fim trágico e prematuro passou a assombrar os banheiros das escolas. Muitos alunos juram ter visto a famosa loira do banheiro que possui as seguintes características: pálida e com algodão no nariz para evitar que o sangue escorra.
 
 
5 - A Brincadeira do Copo

Junto com a Loira do Banheiro, essa é outra das mais famosas, até porque muitos dos que estão lendo isso agora já devem ter "brincado" de invocar espíritos com um copo alguma vez durante sua adolescência. A lenda em torno dela (fora a própria efectividade da brincadeira) é a de um grupo de amigos que resolveu fazer a famigerada brincadeira durante uma festa, um deles era descrente e só de sacanagem resolveu perguntar se alguém naquela mesa iria morrer recentemente, a resposta foi sim e logo em seguida o copo (em algumas versões ele é substituído por uma lapiseira) se estilhaça na frente de todos. Algum tempo depois, eles ficam sabendo que o rapaz cético que não "respeitou” o espírito havia morrido num acidente de carro.


4 - A Carona

Um grupo de amigos estava em viajem por Portugal, quando em uma noite eles viram uma mulher pedindo carona, eles pararam e levaram a Garota. Um deles carregava uma Câmera, e o mesmo estava filmando a conversa deles com a Mulher. Em um certo ponto da estrada ela começou a gritar ali ali ali ali ali ali! Os rapazes perguntaram ali o que? E ela respondeu Ali que eu morri em um acidente... Logo em frente o carro deles perdeu o controle e capotou. Quando o policiais chegaram no local do acidente ficaram impressionados, pois não sobrou nada inteiro no carro, com exceção da Câmera. Quando eles assistiram à fita acharam interessante o fato dos rapazes estarem sozinhos, mas fazendo perguntas para alguém que não aparecia na filmagem. Confira o vídeo abaixo e saiba como aconteceu o suposto acidente.

 
http://www.youtube.com/watch?v=l0XAvKrRChM
 
3 - A Lenda da Escola

Há muito tempo atrás existia uma escola mal assombrada.Lá estudava um aluno que ficou louco e que o professor havia o matado.Um dia, umas crianças decidiram chamar o nome dele: Harold Fishman. À noite na hora da festa desses alunos, todas as luzes da escola se apagaram. O coordenador disse que do nada as portas da sala 34, onde o professor havia matado Harold ficaram batendo, e todas as vezes que as pessoas passaram por lá, um líquido ficava escorrendo.Na meia noite desse dia, um homem muito esquisito apareceu por lá e pegou pelo braço a menina que havia tido a idéia de chamar o seu nome. O homem explicou que ele veio em busca do professor que havia o matado para decapitá-lo, e que todas as crianças deviam sair de lá o mais rápido possível. Esse homem era o irmão mais velho de Harold, só que ninguém sabia: ele era o pior assassino da cidade, e um dia, que esse professor havia matado seu irmão, ele disse que voltaria para se vingar. O professor correu para a sala 34 e o irmão de Harold cortou sua cabeça fora. O cadáver dele está até hoje, podre, lá naquela sala. O colégio fora abandonado porque segundo várias pessoas os espíritos deles ainda vagam por lá.


2 - Mentos com Coca-Cola

Uma menina estava indo ver um filme, então comprou coca-cola, pipoca e mentos de menta. Em uma hora ela colocou um mentos na boca e um gole de coca e engoliu. Quando chegou em casa ela sentiu uma queimação no estomago e desmaiou, foi levada às pressas ao hospital, mas quando chegou lá já estava morta, e por mais incrível que pareça os seus órgãos estava se desintegrando, como se ela tivesse engolindo um ácido poderoso. (Essa eu não sei se é verdade mas já ouvi muitas histórias como essa... E você sabe de alguma?)



1 - Revelações nos Sonhos

Essa aconteceu comigo (O autor desse Blog: Lucas Almeida). Era uma noite fria, chovia muito e estava dando queda de energia. Eu estava na chácara de meu pai que ficava um pouco afastada da cidade. Como não tinha nada pra fazer eu fui dormir cedo, na época eu tinha 14 anos(hoje tenho 16). Me lembro muito bem do meu sonho: Eu estava sentado em uma cadeira assistindo Tv, quando de uma hora pra outra ficava tudo escuro, e do meu lado aparecia um homem com uma capa preta e um chapeú velho. Ele colocava a mão no meu ombro e falava as seguintes palavras "A morte chega quando menos se espera, e a velhice é porta de entrada". Nesse momento eu acordei com a minha Mãe dizendo assim: "Lucas seu Avô faleceu". Passei várias noites sem dormir direito depois dessa. E você, já teve algum sonho como esse ?

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Um judas de carne e osso

Autor: Paulo Soriano
Para Maneca Brandão
1
Com um pouco de paciência, é possível que algum estudante de História ou Sociologia, apavorado pela tese de fim de curso, ou mesmo um simples curioso, com a ajuda de um advogado amigo, que não cobre o favor, venha a obter, dos arquivos do Poder Judiciário, os autos empoeirados de um processo há muito findo.
Acompanhando a denúncia de um Promotor de Justiça, que fez nome, mas que hoje goza de uma merecida aposentadoria, existem os autos de um inquérito policial.
É possível trazer à luz, após um sono mais que vintenário, algumas páginas amareladas, carcomidas pelas traças, onde se lê este depoimento (excerto):
“Estado de Pernambuco
Secretaria de Segurança Pública
Departamento de Polícia Civil da Capital
Delegacia Especializada de Crimes Contra a Pessoa
Delegado: Hans Giovanni Bonelli Mueller Jr.
Escrivão: Benvindo Gregório de Mattos
Situação do Declarante: co-acusado
Nome: Jânio Alves da Silva
Vulgo: Coqueiro
Sexo: Masculino
Naturalidade: Catende – PE
Nacionalidade: Brasileira
Data de Nascimento: 18/08/43
Filiação: Eurico Espalha da Silva e Maria do Carmo Alves da Silva
Profissão: Mecânico de Automóveis
Endereço Residencial: Praça Eustáquio Fontes de Menezes, nº 01, casa 06, Campo Grande
Grau de Instrução: primário incompleto
RG nº 11.989.854 – SSP-PE
Cor: Leocoderma (branca)
Estado aparente: bastante nervoso
Religião: Católica
Defensor: Pedro Gomes
Aos costumes, nada disse. Perguntado sobre o episódio ocorrido na tarde de .... de abril de 197... , o qual resultou na morte sw, digo, de Eustáquio Fontes de Menezes, disse que nada presenciou, pois estava passando a Semana Santa com a mãe doente em Catende. Que os familiares e amigos de Catende podem confirmar. Que só soube da morte de Seu Estáquio na Segunda-feira, quando retornou do interior. Que conhecia a vítima, porque era inquilino dela. Que nada tinha contra a vítima, porque graças a Deus trabalhava numa oficina em Água Fria e pagava pontualmente o aluguel. Que conhece a vítima há 07 anos, pouco mais ou menos. (....) Que a vítima era muito odiada pelos inquilinos do Beco do Abacaxi (....) Que conhecia Dona Maria das Dores, porque ela era a sua vizinha (....) Que Dona Maria teve um derrame depois que o filho morreu. Que o filho sustentava ela. Que depois que Pedro, que era o filho de D. Maria, morreu, os visinhos , inclusive o depoente, se cotizaram para pagar o aluguel. Que mesmo assim Seu Estáquio despejou a anciã, dizendo que solidariedade de pobre durava pouco. Que D. Maria ficou com um braço morto, mas andava com certa dificuldade. Que depois do despejo, a anciã ficou sem ter onde morar e vivia de semolas, digo, esmolas. Que D. Maria ficou meio `tantã da bola`, e ouviu dizer que pedia esmolas nas iscadarias da Igreja de Belém. Que ouviu dizer que ela dormia sobre a marquise das Casas Pernambucanas. Que D. Maria morreu atropelada quando atravessava a Avenida Norte. Que tal fato se deu há mais ou menos um ano e meio...”
2
SEU JACÓ
Há mais de vinte anos, antes que toda área fosse herdada pelo Estado – o proprietário não deixou parentes sucessíveis – e construída na área uma escola pública, havia, na esquina da Rua São Francisco com o Beco do Abacaxi, um estabelecimento comercial, misto de bar e mercearia, que, apesar do novo proprietário, e do nome “Mercadinho Nova Esperança”, todos teimavam em chamar “Seu Jacó”.
Da mesma forma que o cachimbo faz a boca torta, há certos comércios cujo nome cria hábito, ninguém esquece e acaba se perpetuando. Por mais que mude de mãos. Mas, no caso que cuidamos, a coisa foi mais longe. Romualdo, o novo proprietário, teve de engolir uma alcunha indesejada, porque o nome corrente do estabelecimento – um nome de gente – passou para ele, por simples assimilação. Afinal, Romualdo era gente. E para todos ele era Jacó. Assim ficou. A princípio, a contragosto. Depois, o homem se acostumou, e a tal ponto que, se alguém chamava por Romualdo em seu bar, o nome entrava por um ouvido e saía por outro, para morrer no ar que recendia a fumo de rolo, cachaça e especiarias.
Jacó tinha um bom costume. Quando o movimento minguava, o comerciante descia uma banda da porta corrediça até o chão e a outra só até a metade, e servia, tomando também, umas quatro saideiras, às suas expensas, em uma das mesas ocupadas pelos fregueses habituais.
Nessa noite, entre uma mesa onde o papo rolava animado, e outra, em que havia uma auréola de consternação, Jacó escolheu a última. É que a conversa parecia importante. Falavam de Seu Eustáquio e da última que aprontara.
Pedro Mello estava inquieto. Não parava de beliscar a almofada de sua muleta, respirando com certa dificuldade o ar pesado - em que o cheiro acre de cerveja estragada pairava sob os odores misturados de charuto, pimenta do reino e cachaça, mas que tudo dominava, como um baixo contínuo de uma orquestra sinfônica -, com tendões do pescoço retesados, parecendo que iriam partir a qualquer momento. Ao falar, com a voz baixa e rouca, não olhava para ninguém:
- É mais outra que o sacana mata, cês não acham? Dona Rosa juntou o dinheirinho dela, coitada, a vida toda. Vendeu até o terreno que tinha no Interior.

- Pois é – interrompeu Coqueiro, brincando com o copo de cerveja, que fazia rolar pela base sobre a mesa gordurosa, mas sem derramar. – A pobre da viúva bordava dia e noite. E bordava bem. Não sei como conseguia.
- Quem mandou confiar no velho? Prefiro confiar numa cascavel num quarto escuro. Velha otária.
Todos se voltaram para Benício – este jovem magro, de cabelos louros e indolentes, manchados de gordura, que acortinavam os óculos “fundo-de-garrafa” – e o fuzilaram com olhar de reprovação. Benício encolheu os ombros, envergonhado, fazendo sumir o sorriso atoleimado, aceitando de bom grado a reprimenda. Pedro Mello retomou o fio dos pensamentos:
- Vendeu até a casinha do interior. Você sabe da história direitinho, Jacó?
- Um bocado.
- E tu, Galo Cego?
- Também – respondeu Benício.
- Eu não sei direito. Tem umas histórias de uns papéis que eu não entendi –antecipou-se Coqueiro, extraindo uma tragada de um cigarro sem filtro.
- O negócio foi assim, para quem não sabe direito. Dona Rosa queria comprar o quartinho. Juntou o dinheiro, vendeu o que tinha. Assinou uns papéis e pagou à vista. Diz Dr. Osvaldo que foi uma promessa de compra e venda. Mas a velha, quando foi reconhecer a firma, para registrar a papelada no cartório, soube que os papéis não valiam nada, porque o velho falsificou a própria assinatura. O velho sacana disse que não recebeu nada e que falsária era a mulher. A velha teve o treco e morreu. Do coração. Então Eustáquio alugou o quartinho desocupado para Hernane, o inquilino novo, que chegou agora em fevereiro.
-E Antônio, que come cadeia até hoje!
-É, até hoje... – A voz de Pedro Mello tremia.
Benício, o Galo Cego, falara mais do que a medida. Arrependeu-se de ter tocado no caso de Antônio, mas era tarde. Desta feita, porém, ninguém o repreendeu.
Pedro Mello meteu a muleta no sovaco, atirou, sem contar, umas moedas e cédulas velhas sobre a mesa, e saiu, antes que as lágrimas tombassem dos olhos que não olhavam para ninguém. Afinal, criara Antônio como se fora seu próprio filho. Mas o que mais doía era não ter como resgatar também o outro gêmeo, não apenas pela falta de dinheiro, mas porque o padrasto era um marginal violento. Nem a sombra de Antônio, inteligente e trabalhador desde menino, desde quando o tirara das ruas e dos pequenos furtos. Inteligente, mas um tanto ingênuo...
3
UM CERTO DEPOIMENTO NUMA CERTA DELEGACIA DE POLÍCIA
(SEGUNDA PARTE)
.... Que Antônio devia muito a Eustáquio. Que Eustáquio cobrava juros muito altos, principalmente dos inquilinos. Que fazia o pessoal assinar promissória. Que com Antônio foi diferente, porque Antônio era servente do INPS e tinha conta em banco. Que Antônio assinou uns cheques em garantia do empréstimo. Que Antônio pagou mais que o principal, mas não pagou parte dos juros porque não podia e por isso foi para a cadeia. Que Antônio respondeu por setelionato, digo, estelionato. Que Eustáquio espulsou a mulher de Antônio e os dois filhos gêmeos do quartinho. Que Pedro Melo acolheu a mulher por uns tempos, mas Eustáquio não queria ela na vila. Que o velho não gostava dela porque ela, depois da prisão de Antônio, recusou um convite obsceno de Eustáquio. Que a mulher de Antônio, depois que saiu da vila, virou mulher da vida. Que sabe disso porque a encontrou na “Baiana”, na Rio Branco ....
4
AINDA EM SEU JACÓ
- .... e o velho desgraçado não precisa explorar o pessoal. O velho é muito rico. Foi até vereador.
- Eu mesmo não voltei nele – Coqueiro atalhou, como que se defendendo, porque Jacó olhava para ele ao carregar nas as últimas palavras.
Antes que uma pequena discussão desse seqüência ao protesto de Coqueiro, uma voz conhecida interveio, aproximando-se do fundo do bar. Com a voz, ganhava volume um forte cheiro de charuto barato:
-Dizem que o danado entregou o filho único à Polícia, por causa de um negócio ilegal, que envolvia os dois. Mas o velho, esperto, não deixou rastro. O filho morreu enforcado na penitenciária.
Era Miro, o poeta, que vinha da outra mesa.
-Trair o próprio filho. Isto é que é um velho filho da puta. E dizem que a morte de Otávio foi queima de arquivo. Eu é que não duvido.
E o poeta concluiu, balançando a cabeça com uma ênfase exagerada:
- Velho Judas!
E então os olhos de Coqueiro brilharam num lampejo. Para o desgosto de Jacó, ali havia idéias: Velho judas... Velho Judas ...
- Velho judas! – Gritou Coqueiro, com um sorriso que amargou os dentes turvos pela nicotina. – Esse ano, na Semana Santa, vai ter diversão. Benício, tu que é estudante... Não, não... Miro, tu que sabe escrevinhar direito, pode preparar o testamento do velho Eustáquio. Porque, neste ano, vai ter judas no beco e o judas vai ser o Seu Eustáquio. Vai ter diversão, e das boas.
E, virando-se para Jacó ( que abanava a cabeça, antevendo confusão), tornou a gritar, com um sorriso de mofa tremendo na face excitada:
-Bota outra saideira aí. Eu pago. Mas a cueca do judas Seu Eustáquio, quem oferece sou eu.
5
UM JUDAS DE PANO
O Beco do Abacaxi não era propriamente uma favela. Os quartinhos de alvenaria se emparelhavam de ambos os lados da viela, um escorado no outro, em seqüência, terminando por se abraçarem no sermi-círculo que se abria adiante, em forma de buraco de fechadura. Na ruela, um automóvel de passeio passava com dificuldade, mas podia contornar a pracinha e voltar à rua asfaltada pelo mesmo caminho por onde viera. Todas as casinholas foram construídas por Eustáquio, que as arrendava com mão de ferro. A pracinha visava a perpetuar o próprio nome.
E, no Sábado de Aleluia, na Praça Eustáquio Fontes de Menezes, os inquilinos haviam erguido uma estátua ao homem que lhe outorgara o nome, em homenagem própria. Só que a estátua não era uma escultura de bronze ou pedra sabão. Era de pano. No centro da praça, amarrado a um mourão de dois metros de altura, havia um boneco de pano, trajado com um paletó cinza puído e calças cáqui muito frouxas, cingidas por um cinturão de couro, rachado e fora de moda. Na cabeça, uns óculos escuros, peruca sintética e um boné do Santa Cruz. Uma cenoura servia de nariz. A boca era pintada com batom e contornada com lápis de sobrancelha. Sobre o espantalho - que, aliás, usava sapatos cavalo-de-aço, com fivelas oxidadas, e cujas mãos eram luvas de lixeiro - havia uma tabuleta que dizia:
O JÚDAS SEU EUSTAQUIO
***
O populacho estava em festa. Todos saíram de seus cubículos e se concentraram na pracinha. Alguns faziam mesuras para o JÚDAS SEU ESTAQUIO, esbofeteavam-lhe as fuças ridículas, e depois desabavam em gargalhadas ferozes. Outros catucavam-lhe os fundilhos com um falo improvisado. Alguém se lembrou de pregar na figura um pênis frouxo e comprido, que se arrastava, mole , até o chão. Miro, que escrevera uma ode burlesca em homenagem ao judas, ultimou o arranjo com um genuíno par de chifres de boi, furtado do matadouro de Peixinhos.
A cachaça rolava. A turba se agitava num burburinho frenético. E chegou a hora mais esperada. A leitura do testamento do JÚDAS SEU ESTAQUIO.
Benício era o testamenteiro. Segurava o testamento, em forma de pergaminho, com ambas as mãos, como um meirinho da Idade Média. Fazia-se muito sério e sisudo. E, a cada item da declaração de última vontade, o populacho ondulava de excitação, entre gargalhadas grotescas e assobios gaiatos.
Benício vez um gesto com a mão, pedindo silêncio. Depois bradou, com afetada empáfia:

- Deixo minha rola murcha para Elza Frufru!
Silvos e urras desgrenhavam o populacho, numa confusão dos infernos. A turba se contorcia como um cão epiléptico.
- Para mim não! – Protestava João Carlos, um mulato alto e de bíceps de lutador de boxe, mas que adorava se pintar como uma prostituta e se esmerava em cantar os rapazinhos de quinze anos. – Pra tua mãe, Benê, que é uma quenga véia – retrucava, com as mãos na cintura, arrancando furioso o lenço de chita vermelho da cabeça.
A multidão reagiu com uma vaia convulsiva.
Benício deu uma gargalhada, que se transformou em riso e depois se congelou num esgar. Os olhos se arregalaram de surpresa e medo.
O carro que se aproximava era o do velho Eustáquio. Decerto, viera cobrar dívidas e aluguéis atrasados, em face de alguma negociata premente, que exigia o aporte de um pequeno capital extra.

O carro estacionou. A fera soltou do LTD Landau.
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UM CERTO DEPOIMENTO NUMA CERTA DELEGACIA DE POLÍCIA
(PARTE TRÊS)
“.... Que certa feita Seu Eustáquio entrou no beco, escoltados por Policiais, e arrancou Benevides do quartinho. Que não sabe precisar o ano. Que Benevides era motorista dele. Que dopois, digo, depois disso Benevides nunca mais foi visto. Que os policiais eram da Polícia Civil. Que na época Seu Eustáquio era Vereador...”
7
UM JUDAS EM CARNE E OSSO

A fera desceu do LTD Landau.
Era um septuagenário baixo, forte, de andar firme e compenetrado. Os olhinhos mui azuis e mui pequenos espetavam-se nas faces róseas com esperteza e sabedoria. O nariz era um gancho e dos lábios nada se via. Vestia um terno branco de casimira inglesa e empunhava uma bengala em que nunca se apoiara, e cuja principal utilidade residia em espancar os menores pedintes que se interpusessem no seu caminho.
A fera mergulhou o charuto na boca, deu um trago forte e o atirou, com força, ao chão. Depois o pisou demoradamente. Quando falou, a voz esganiçada parecia um trovão:
- É assim que vocês recompensam a minha generosidade? Eu, um homem velho e debilitado, corroído pela doença, que construí a vila com sacrifício, movido pela a única intenção de acolher os irmãos necessitados. Eu que, apesar das parcas economias, nunca neguei um centavo aos que me procuram. Eu, um homem pobre e sem família, acaso mereço tamanho maltrato? Pois fiquem sabendo que isso não vai ficar assim...
O velho avaliou o efeito do discurso e gostou do que viu: a turba espantada e temerosa, acuada como um cão indefeso em noite de chuva. Era o momento de tirar proveito da situação.
- ...pois fiquem sabendo, seus ingratos, que isso não vai ficar assim. A partir de hoje todas as dívidas estarão vencidas e o aluguel aumentado em cinqüenta por cento. Senão, rua!
Isso não é justo. – Argumentou Pedro Mello, que se aproximava, a olhar o infinito, apoiado na muleta.
O velho voltou-se para o aleijado com os olhos faiscando de indignação, a ira voltando com o fôlego redobrado:
- O que não é justo, Pedro Mello? Aleijado de uma figa! Sabe quanto você me deve, fora dois meses de aluguel em atraso? É justo que você não me devolva o que tomou de empréstimo, a juros baixíssimos?
- Devo e não nego – sua voz tremeluzia como uma estrela solitária. Depois ganhou volume, num crescente que fez o velho recuar. - Pago quando puder. E não tenho medo de ir para a cadeia. Só assim encontro o meu menino, que você mandou para lá – agora gritava um uivo de uma dor quase animal.

A indignação do velho avançou rente para uma fúria cega. Eustáquio empunhou a bengala e a desceu com força nas costas do homem. O aleijado de uma figa desequilibrou-se e tombou com as espáduas no chão. A perna murcha tremeu ao impacto.
- Oh! – exclamou o populacho.

Mas, para surpresa de todos, e principalmente do velho agiota, o homem cocho ergueu, como pôde, a muleta, e com ela improvisou uma rasteira certeira.
Eustáquio Fontes de Menezes desmoronou, enfiando as fuças rosadas na extremidade do pênis frouxo do JÚDAS SEU EUSTAQUIO.
A turba foi ao delírio.
Coqueiro avançou para o JÚDAS SEU EUTAQUIO e, com um canivete, serrou as cordas que prendiam o boneco ao mourão. O boneco desfaleceu. Apesar de leve, o espantalho derrubou o velho quando este tentava se reerguer.
Eustáquio Fontes de Menezes ainda tentava se desvencilhar de JÚDAS SEU ESUTAQUIO quando o punho vigoroso de Elza Frufru o atingiu em cheio no estômago. O velho abriu a boca, procurando ar. Mas o que veio foi o enchimento de toda a cavidade bucal com bucha de automóvel. Depois o velho se viu erguido pelo sovaco e arrastado até o pelourinho, onde o prenderam com arame de varal. Sobre sua cabeça lia-se:
O JÚDAS SEU EUSTAQUIO
8
DA ESQUINA
Da Esquina Jacó via toda a movimentação na pracinha.
Viu , contendo uma secular gargalhada, quando o velho tombou pela segunda vez. Mas não gostou quando Elza atingiu seu Eustáquio no estômago, nem quando o velho foi erguido no lugar onde deveria estar o boneco. A princípio imaginou que a retirada do boneco registrasse o fim da farra. Depois entendeu tudo. Aliás, sempre entendera, desde a noite em que Coqueiro tivera uma idéia luminosa. Mas demorou a agir. Relutava em aceitar o óbvio fato de que Eustáquio era uma pessoa, e uma pessoa que precisava de ajuda. Foi ao balcão da mercearia e trouxe consigo algo volumoso na cintura. Mas quando correu para a pracinha, era tarde demais. O corpo de Eustáquio Fontes de Menezes, embebido de gasolina, ardia como uma pira.
A voz de Coqueiro conseguia sobressair-se ao frenesi da pequena multidão, feroz e convulsa, e aos alegres fogos de artifícios que se seguiram à queima do Judas de carne e osso:
- Deixo minha ceroula para a puta de minha falecida, que fodia com Benevides, o motorista que eu mandei matar!
Pela primeira vez, o populacho apenas aplaudiu. E aplaudiu com educação, demoradamente. Era o fim do espetáculo.
7
UM CERTO DEPOIMENTO EM UMA CERTA DELEGACIA DE POLÍCIA
(ÚLTIMA PARTE)
“.... que não viu quem ateou fogo em Seu Eustáquio. Que não sabe dizer se Eustáquio já estava morto quando seu Jacó atirou na cabeça do ancião. Que o tiro foi de misericórdia, mas àquela altura o homem não gritava mais. Que é possível que Eustáquio estivesse desmaiado, mas não pode dizer com certeza. Que Jacó teve de escapulir, para não se linchado. Que se arrepende de sua participação no episódio. E como nada mais foi dito e nada mais foi perguntado...”
8
NOVAMENTE UM JUDAS DE PANO

Naquela noite, muitos judas foram queimados nas ruas do Recife.
Mas, na pracinha do Beco do Abacaxi, o JÚDAS SEU EUSTAQUIO, estirado no chão, espiava, por trás dos óculos escuros, a fumaça que subia ao encontro das estrelas.
Próximo ao judas de carne e osso - agora carne calcinada, aqui e ali convertida em cinza, a esfriar sob a garoa da noitinha -, o JÚDAS SEU ESUTÁQUIO também mirava, pelo canto do olho, com azedume, o ser esquálido e chamuscado que lhe usurpara toda a glória e o justo destino.
Desconjuntado, com uma torção no corpo, em parte virado para cima, em parte para baixo, um braço mergulhado nas costas, o outro estirado sobre a cabeça, a olhar com ciúme a fumaça de outros judas que subia às estrelas, o judas de pano aguardava, inconformado, mas pacientemente, a chegada da polícia técnica, para ser periciado.
Obs.: Caso queria comentar este conto, escreva para paulosoriano@gmail.com. Obrigado.

terça-feira, 13 de julho de 2010

China: ovni assusta cidade; governo diz haver 'conexão militar'

Um objeto voador não identificado (ovni) foi avistado nos céus da cidade de Hangzhou, capital da província chinesa de Zhejiang, na quarta-feira. O aeroporto Xiaoshan chegou a ser fechado e vários voos foram desviados. Contudo, especialistas afirmam que a luz foi causada pelos destroços de um míssil americano. As informações são do Daily Mail.
Segundo a reportagem, testemunhas ficaram aturdidas e reportaram terem visto uma bola de fogo no céu parecida com um cometa. Muitos morados tiraram fotos do ovni.
Oficiais chineses disseram que sabiam do objeto, mas não poderiam falar sobre ele publicamente porque há uma "conexão militar" com o caso. Segundo a reportagem, é esperado que um comunicado oficial seja emitido ainda hoje.
Vários moradores registraram a passagem do ovni (Foto: Reprodução)

Especialistas dizem que brilho foi causado por destroços de míssil americano (Foto: Reprodução)

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Inglês vê rosto de Jesus Cristo no Google Earth

O internauta britânico Zach Evans, 26, declarou ter encontrado Jesus Cristo no domingo (4) mas apenas no Google Earth, serviço de mapas do Google, segundo o tabloide inglês "The Sun".O jovem teria reconhecido a imagem do filho de Deus enquanto procurava destinos de viagem para feriados.
Ainda segundo o tabloide, a suposta face de Jesus pode ser vista por intermédio de fotos de satélite em um campo de uma fazenda próxima à cidade de Puspokladany, na Hungria."Não sou uma pessoa religiosa procurando por imagens de Maria e Jesus em tudo, mas isso é óbvio", declarou Evans, que é assistente de vendas em Southampton, Inglaterra.
Para quem quiser procurar no google earth a imagem está localizada em: Latitude: 47°20'45.00"N Longitude: 21° 6'57.73"L

Suposta face de Jesus Cristo vista na Hungria, via Google Earth, por internauta britânico e divulgada por tabloide.

O Pacto

Esse relato ocorreu com minha irmã, em Maio de 2001, quando meu pai faleceu.
Minha irmã caçula tinha a imagem do meu pai como seu amigo e protetor, e ele não fazia por menos. Era um homem dedicado à família e à oração, e ela por ser a caçula recebia mais atenção e cuidados.
Ele estava trabalhando, quando subitamente teve um enfarte fulminante e veio a falecer. Tentamos esconder dela, dizendo que papai estava internado, mas ela gritava e dizia que ouviu uma voz lhe falando que papai havia morrido.
O corpo de meu pai foi levado ao IML, por ter falecido fora do hospital. Nesta noite meu irmão casado e meu noivo (na época) dormiram aqui em casa para de manhã, bem cedo, darem entrada nos papéis do óbito. Minha mãe desesperada não quis dormir em sua cama, trocando com minha irmã.
De madrugada acordamos com minha irmã gritando muito, fomos ao quarto de meus pais, aonde ela dormia naquela noite. Ela estava trêmula e apavorada. Contou-nos que um ser parecendo um homem em estado de putrefação, seco, com terra pelo corpo, cheirando a podre, pulou em cima dela e tentava beijá-la, segurando seus braços. Ela não conseguia gritar e lutou muito com ele, que se desmanchava em pedaços de ossos exalando um fedor horrível. Esse ser dizia que agora ela estava desprotegida. Quando finalmente ela teve forças de gritar ele desapareceu. Foi difícil convencê-la a voltar a dormir. Não demorou nada, e acordamos com ela gritando novamente. Voltamos ao quarto e ela relatou que via o necrotério e papai passando pela autópsia. Ela descreveu com detalhes os procedimentos todos. Fiquei assustada, pois sou da área de saúde e conheço os procedimentos e instrumentos usados nestes casos, mas ela não os conhecia e eu nunca havia comentado sobre isto. Preferi acreditar que ela viu isto em algum filme policial e se impressionou. Resultado: passamos a noite em claro.
Dias após, ela começou a ter visões de um espírito muito alto, vestido com um manto negro de capuz e seu rosto era semelhante a uma caveira. Ela chorava o tempo todo pela falta de papai e dizia ser perseguida por esta entidade. Nos relatou que esta entidade se identificou a ela como sendo o espírito pelo qual meu avô fizera um pacto, dando sua alma a ele. Como meu avô não cumpriu o pacto, se suicidando dias após, esse espírito então queria que ela o seguisse, pois teria planos para ela; porque ela seria o terceiro neto, do terceiro filho de meu avô. Só não veio antes pelas orações de meu pai, que a protegia... Ficamos assustados.
Quando minha tia, irmã de meu pai soube o que acontecia com minha irmã; abriu o jogo contando a história de família que não sabíamos:
Meu avô, quando meu pai ainda era criança, teve câncer e sofria muito, pois não tinha condições financeiras de se tratar em outra cidade. Era uma época remota e ele morava em uma pequena cidade do interior de São Paulo. Meu avô, no desespero, foi até um feiticeiro que morava nas imediações e fez um pacto de sangue pedindo saúde e riqueza. Mas por ser muito devoto se arrependeu e se confessou com o padre, mas a angustia do pacto e sofrimento da doença foi tanto que no jardim da igreja, ele tirou uma navalha do bolso cortando a jugular de seu pescoço, vindo a falecer ali mesmo. Isto foi muito vergonhoso para a família na época, sofreram muito e decidiram guardar este segredo. Meu pai era muito carinhoso, mas nunca falava sobre sua infância e nem sobre seus pais. Ficamos todos pasmos! E mais assustados ainda.
Não entendíamos na época como agir, nem mesmo se era possível espíritos virem requerer dívidas. Decidimos que só Deus poderia dar jeito. Ajuntamos nossa família na casa de meu irmão mais velho, e chamamos um senhor para nos ajudar com as orações. Reunimos-nos na sala. Minha irmã ficou sentada em uma cadeira e fizemos um círculo de mãos dadas em torno dela. Em meio à prece um quadro de vidro com a foto de meu sobrinho menor pulou da estante como sendo jogado contra nós, espatifando no chão. Ela então começou a gritar e dizer repetidamente: "Ele está aqui! Ele está aqui!" Ficamos assustados, mas não paramos as orações, e nem soltamos as mãos. Seu rosto se transfigurou e começou a falar com uma voz grossa, que não era dela, amaldiçoando a todos e fazendo ameaças. Meu sobrinho mais velho viu o espírito que a perseguia e começou a descrevê-lo em voz alta, batendo os pés no chão, assustadíssimo. Foi difícil continuar as preces, mas ela foi se acalmando, se aquietou, voltando ao normal.
Passados dias, ela nos contou que sonhara com papai, e que ele estava muito feliz num lugar lindo conversando com um grupo de pessoas, e que um homem de roupas bem claras se aproximou dela e lhe disse para não chorar mais, que meu pai estaria sempre com ela a protegendo, juntamente com outros amigos que lhe queriam muito bem.
Graças a Deus ela nunca mais voltou a ver o homem que a perseguia.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Casa dos rostos


Ao entrar em sua modesta cozinha em uma abafada tarde de agosto de 1971, Maria Gomez Pereira, uma dona de casa espanhola, espantou-se com o que lhe pareceu um rosto pintado no chão de cimento.
Estaria ela sonhando, ou com alucinações? Não, a estranha imagem que manchava o chão parecia de fato o esboço de uma pintura, um retrato.
Com o correr dos dias a imagem foi ganhando detalhes e a noticia do rosto misterioso espalhou-se com rapidez pela pequena aldeia de Belmez, perto de Cordoba, no sul da Espanha. Alarmados pela imagem inexplicável e incomodados com o crescente número de curiosos, os Pereira decidiram destruir o rosto; seis dias depois que este apareceu, o filho de Maria, Miguel, quebrou o chão a marretadas. Fizeram novo cimento e a vida dos Pereira voltou ao normal.
Mas não por muito tempo. Em uma semana, um novo rosto começou a se formar, no mesmo lugar do primeiro. Esse rosto, aparentemente de um homem de meia idade, era ainda mais detalhado. Primeiro apareceram os olhos, depois o nariz, os lábios e o queixo.
Já não havia como manter os curiosos a distância. Centenas de pessoas faziam fila fora da casa todos os dias, clamando para ver a "Casa dos Rostos". Chamaram a policia para controlar as multidões. Quando a noticia se espalhou, resolveu-se preservar a imagem. Os Pereira recortaram cuidadosamente o retrato e puseram em uma moldura, protegida com vidro, pendurando-o então ao lado da lareira.
Antes de consertar o chão os pesquisadores cavaram o local e acharam inúmeros ossos humanos, a quase três metros de profundidade. Acreditou-se que os rastos retratados no chão seriam dos mortos ali enterrados. Mas muitas pessoas não aceitaram essa explicação, pois a maior das casas da rua fora construída sobre um antigo cemitério, mas só a casa dos Pereira estava sendo afetada pelos rostos misteriosos.
Duas semanas depois que o chão da cozinha foi cimentado pela segunda vez, outra imagem apareceu. Um quarto rosto - de mulher - veio duas semanas depois.
Em volta deste ultimo apareceram vários rostos menores; os observadores contaram de nove a dezoito imagens.
Ao longo dos anos os rostos mudaram de formato, alguns foram se apagando. E então, no inicio dos anos oitenta, começaram a aparecer outros.
O que - ou quem - criou os rostos fantasmagóricos no chão daquela humilde casa? Pelo menos um dos pesquisadores sugeriu que as imagens seriam obra de algum membro da família Pereira. Mas alguns quimicos que examinaram o cimento declararam-se perplexos com o fenômeno. Cientistas, professores universitários, parapsicólogos, a policia, sacerdotes e outros analisaram minuciosamente a imagem no chão da cozinha de Maria Gomes Pereira, mas nada concluiram que explicasse a origem dos retratos.

F.E.A.R 2 Project Origin


Tranque a porta e as janelas do seu quarto, apague as luzes, coloque seus melhores fones de ouvido e prepare-se para experimentar todo o terror da versão de demonstração de F.E.A.R. 2: Project Origin, a continuação de um dos jogos de tiro em primeira pessoa (FPS, First Person Shooter) mais belos e assombrosos já vistos para computadores!
F.E.A.R. 2: Project Origin continua quase do ponto em que o primeiro jogo acabou, ou seja, no cenário devastado pela explosão causada por Alma, a garota que o assombrava pelos corredores escuros — e que deve retornar mais desenvolvida. A sacada dos desenvolvedores foi colocá-lo 30 minutos antes do evento, o que significa que você acompanhará tudo de perto.
Ao contrário de antes, agora seu soldado tem nome, Michael Beckett, e faz parte da Delta Force. Mesmo sendo um novo personagem, as capacidades e reflexos melhorados observados antes foram mantidas, isto é, você também pode desacelerar o tempo sempre que necessário, conseguindo obter vantagem sobre os inimigos em situações perigosas.
Mas não foram apenas os inimigos que mudaram, pois o arsenal que está à sua disposição foi aumentado. Armas com disparos mais poderosos, tais como lança mísseis e escopetas podem ser adquiridas ao longo da campanha. Cada uma delas também possui um grau de penetração nas armaduras, portanto cabe a você aplicá-las nos inimigos adequados.
As passagens assustadoras e repentinas dão as caras por aqui também, exibindo assassinatos a sangue frio, mortes tortuosas e uma dose gigantesca de pavor. Esqueletos e corpos ficam pendurados no teto e o sangue escorre pelo chão.


Requisitos Mínimos:

Pentium 4 2.8 GHz or equivalent,1024 MB RAM,12 GB hard disk space,DirectX 9.0-compliant sound card,256 MB GeForce 6800 or Radeon X700 or equivalent with hardware T&L and PS,DirectX 9.0c April edition


DVD 1






DVD 2






DVD 3




A Bruxa de Gwrach-y-rhibyn




O significado do nome Gwrach-y-rhibyn, literalmente é "Bruxa da Bruma" mas é mais comumente chamada de "Bruxa da Baba". Dizem que parece com uma velha horrenda, toda desgrenhada, de nariz adunco, olhos penetrantes e dentes semelhantes a presas. De braços compridos e dedos com longas garras, tem na corcunda duas asas negras escamosas, coriáceas como a de um morcego. Por mais diferente que ela seja da adorável banshee irlandesa, a Bruxa da Baba do País de Gales lamenta e chora quando cumpre funções semelhantes, prevendo a morte. Acredita-se que a medonha aparição sirva de emissária principalmente às antigas famílias galesas. Alguns habitantes de Gales até dizem ter visto a cara dessa górgona; outros conhecem a velha agourenta apenas por marcas de garras nas janelas ou por um bater de asas, grandes demais para pertencer a um pássaro.

Uma antiga família que teria sido assombrada pela Gwrach-y-rhibyn foi a dos Stardling, do sul de Gales. Por setecentos anos, até meados do século XVIII, os Stardling ocuparam o Castelo de São Donato, no litoral de Glamorgan. A família acabou por perder a propriedade, mas parece que a Bruxa da Baba continuou associando São Donato aos Stardling.
Uma noite, um hóspede do Castelo acordou com o som de uma mulher se lamuriando e gemendo abaixo de sua janela. Olhou para fora, mas a escuridão envolvia tudo. Em seguida ouviu o bater de asas imensas. Os misteriosos sons assustaram tanto o visitante que este voltou para cama, não sem antes acender uma lâmpada que ficaria acesa até o amanhecer. Na manhã seguinte, indagando se mais alguém havia ouvido tais barulhos, a sua anfitriã confirmou os sons e disse que seriam de uma Gwrach-y-rhibyn que estava avisando de uma morte na família Stardling. Mesmo sem haver um membro da família morando mais no casarão, a velha bruxa continuava a visitar a casa que um dia fora dos Stardling. Naquele mesmo dia, ficou-se sabendo que o último descendente direto da família estava morto.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Resident Evil 5


Resident Evil 5 é a seqüência da renomada franquia que criou o gênero “horror survival” (ação com elementos de terror). O título segue uma mecânica bastante semelhante ao seu antecessor, com um sistema de movimentação e mira que favorece o combate. Os inimigos, conseqüentemente, vão ser mais rápidos, espertos e numerosos.
Configuraçãp mínima:
- Dual core processador 2.6 GHz Intel® Pentium® D ou AMD Athlon™ 64 X2 3800+- 1 GB RAM Windows Xp / 2 GB RAM Windows Vista- Windows® XP/Windows Vista®- Placa de vídeo 256 MB DirectX® 10.0–compliant video card or DirectX 9.0–compliant card com Shader Model 3.0 ou melhor (NVIDIA GeForce 6800+ / ATI Radeon X1600+)- DirectX 9.0c or 10.0 libraries (incluido no jogo)- Espaço em disco de 8GB no minimo

Silent Hill: Homecoming


Diferentemente de Silent Hill 4: The Room, que não se passa propriamente na cidade (motivo de crítica do jogo), Silent Hill: Homecoming começará em um local diferente e depois irá até Silent Hill. Vários aspectos do jogo, como a aparência dos monstros, serão reflexo da mente do personagem, por exemplo traumas de guerra. O aspecto gráfico irá utilizar recursos de iluminação, como o contraste de luz e treva, fazendo com que surja um medo maior daquilo que não se pode ver. A aparência “granulada” da imagem será refeita, aparecerão riscos e arranhões como num filme antigo e o efeito mudará de acordo com a situação atual de Alex. O sistema de luta será modificado, aproveitando-se mais da física. Quando algum inimigo for atacado, aparecerá uma ferida no local e o mesmo serve para o personagem principal. Uma inovação em Silent Hill: Homecoming é que quando o personagem principal se esconder em um quarto, seja para despistar os montros ou não, os mesmos poderão invadir as salas, entrando pelas portas. Outra inovação, também, é que a transformação do mundo real para o outro mundo, agora, acontecerá em tempo real, assim como na adaptação da série aos cinemas.
Até agora, sabe-se que o personagem principal é Alex Shepherd, de 22 anos. Ele é um veterano de guerra que ao sentir um mal pressentimento sobre seu irmão Joshua, volta para sua cidade natal para investigar o que está acontecendo e descobre que ele está desaparecido. Sua jornada o levará para a pequena comunidade de Shepherd´s Glen e, eventualmente, à assombrada cidade de Silent Hill.


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Junte as partes com Hj Split

Visão do Inferno ? - Mark Powell

Mr Hide me enviou essas fotos do artista Austráliano Mark Powell que fez uma maquete da sua visão do inferno...

um tanto quanto perturbador...


















Pesquisando mais encontrei o site do artista que diz:

Eu tenho trabalhado principalmente na criação de ambientes em miniatura, onde seres imaginários evoluir, delegar, consumir, excretar, multiplicar e decadência.

Meu esculturas exagerar e distorcem a natureza violenta do processo biológico de degeneração e regeneração, parasitismo, canibalismo e da reciclagem da carne, que permite inúmeras formas da vida a evoluir cada vez mais complexas funções perceptivas e locomotiva.
(Tradução do Google, http://www.markpowellart.com/)

Pelo que entendi não é exatamente uma visão do inferno, e sim uma visão sombria que ele criou da natureza, lembrando muitooo as visões perturbadores do autor Clive Barker(Hellraiser).
Ou vai ver também ele só estava criando uma nova fase para Silent Hill...

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Resolvido o mistério do Santo Graal ?

Um oficial reformado da Marinha Real Britânica, que passou anos estudando textos antigos, acredita que finalmente resolveu o mistério do desaparecimento do Santo Graal.
Para milhões de fiéis, o Santo Graal é o objeto mais precioso da terra. É o cálice, que de acordo com a tradição, Cristo bebeu na Última Ceia e foi usado mais tarde para recolher parte do seu sangue durante a crucificação, uma inestimável relíquia cristã.
Muitos fiéis têm procurado em vão encontrá-lo. Mas finalmente teria sido descoberto, ignorado e não reconhecido, no canto de uma catedral, no coração da Inglaterra.


A Catedral de Lincoln
"Eu nunca pretendi começar uma busca para encontrar o Santo Graal. Eu estava interessado inicialmente em pesquisar as relações entre os cruzados, Inglaterra e os santos medievais", disse EC Coleman ao Sunday Express. Coleman acredita que o artefato é o Santo Graal
"Mas quanto mais eu lia mais eu era conduzido pela trilha que explica a extraordinária trajetória que esta relíquia perdida tomou".
Historiadores e acadêmicos ficarão surpreendidos com a revelação de que o objeto histórico mais valioso da cristandade está embaixo de seus narizes por décadas.
Em 1889, a Catedral de Lincoln estava passando por reparos. Um grupo de operários levantou uma grande laje de mármore Portland e revelou o túmulo do Bispo Oliver Sutton, que morreu em 1299.
Dentro do túmulo, os arqueólogos encontraram um cálice ao lado do esqueleto, que ainda estava onde tinha sido colocado quase 600 anos antes. Ele era feito de prata, com quatro e meia polegadas de altura e sem qualquer decoração.
"Este era o Santo Graal, mas ninguém o reconheceu. Posteriormente, passou a ser exibido em uma prateleira da tesouraria da Catedral, onde você pode vê-lo hoje, mas não há nada lá para dizer o que ele é realmente", diz Coleman, que acaba de publicar The Grail Chronicles descrevendo sua busca.
"Encontrar esses artefatos no túmulo de um bispo não era de todo incomum e colocá-los lá pode muito bem ter sido uma prática normal na Idade Média, mas este cálice era diferente", diz Coleman.
Para EC Coleman esse é o verdadeiro Santo Graal
Coleman diz ainda: "Exemplos previamente descobertos eram ricamente decorados, mas este tinha uma elegância simples, ligeiramente caseira, com o uso de rebites claramente visíveis para juntar as diferentes partes da peça.
"Eu nunca o toquei, mas é muito bom ficar perto dele. Na minha própria mente e com toda a boa fé estou confiante de que o cálice recuperado no túmulo do Bispo Sutton é o Santo Graal.

Conheça as 10 previsões catastróficas mais interessantes

O filme "2012", que estreiou no cinemas no dia 13 de novembro, traz à tona novamente a discussão sobre o fim do mundo. Durante séculos, as pessoas se acostumaram a conviver com perspectivas catastróficas tratadas desde o calendário maia até previsões de profetas mais atuais. No entanto, estes cenários apocalípticos partilham algo em comum: eles nunca ocorrem. Por causa disso, o site científico Live Science resolveu escolher as 10 premonições mais interessantes que nunca aconteceram.
Galinha profeta de Leeds, 1806
A história tem inúmeros exemplos de pessoas que proclamam o retorno iminente de Jesus Cristo, mas nenhuma mensagem é mais estranha do que a da galinha de um inglês na cidade de Leeds, em 1806. O que contam é que a "galinha profeta" começou a botar ovos com a frase "Cristo está chegando". As notícias deste milagre se espalharam e muitas pessoas se convenceram de que o juízo final estava à mão. Até que alguém descobriu que tudo não se passava de uma farsa.
Os millerites, 23 de abril de 1843
Um fazendeiro da Nova Inglaterra chamado William Miller, após ter feito durante vários anos um estudo muito cuidadoso de sua Bíblia, concluiu que o tempo escolhido por Deus para destruir o mundo poderia ser adivinhado a partir de uma interpretação estritamente literal da escritura.
Ele explicou para quem quisesse ouvir que o planeta chegaria ao seu fim em algum momento entre 21 de março de 1843 e 21 de março de 1844. O fazendeiro pregou e espalhou a notícia o suficiente para que milhares de seguidores - conhecidos como Millerites - decidissem que a data efetiva seria em 23 de abril de 1843.
Muitas pessoas venderam ou deram seus bens, admitindo que eles não seriam mais necessários, mas quando chegou o esperado 23 de abril, e Jesus Cristo não veio, o grupo finalmente se dissolveu - com alguns integrantes formando o que hoje são os adventistas do Sétimo Dia.
Mórmon e o Armageddon, 1891
Joseph Smith, fundador da Igreja Mórmon, convocou uma reunião de líderes de sua igreja em fevereiro de 1835 para contar que tinha falado com Deus recentemente e, que durante a conversa, tinha ouvido que Jesus Cristo retornaria nos próximos 56 anos. Nesta data, o fim do mundo seria iniciado imediatamente.
Cometa Halley, 1910
Em 1881, um astrônomo descobriu por meio da análise espectral que as caudas dos cometas eram compostas por um gás mortal chamado cianogênio, conhecido também como cianeto. Esta foi apenas uma notícia de interesse passageiro até que alguém alertou que a Terra poderia passar pela cauda do cometa Halley em 1910.
Será que todos no planeta seriam atingidos por um gás tóxico mortal? A especulação foi reproduzida nas primeiras páginas do jornal americano The New York Times e outros periódicos, gerando um pânico em massa no próprio país e no exterior. No entanto, os cientistas conseguiram explicar que não havia nada a temer.
Pat Robertson, 1982
Em maio de 1980, um televangelista e fundador da Coalização Cristã, Pat Robertson, assustou e alarmou a população - ao contrário de Mateus 24:36 ("Ninguém sabe que dia ou hora, nem os anjos no céu") - ao informar em seu programa de TV que ele sabia que o mundo ia acabar. "Eu garanto que até o final de 1982 o mundo terá o juízo final", disse Robertson.
Heaven's Gate, 1997
Quando o cometa Hale-Bopp surgiu em 1997, surgiram rumores de que uma nave alienígena estaria seguindo o cometa - encoberto, é claro, pela NASA e pela comunidade astronômica. Embora a alegação tenha sido refutada por astrônomos - e poderia ser refutada por qualquer pessoa com um bom telescópio - os rumores foram espalhados por um reconhecido programada de rádio.
A partir de então, uma seita que cultuava a ufologia em San Diego, chamada Heaven's Gate, concluiu que o mundo iria acabar em breve. O mundo realmente teve um fim, mas apenas para os 39 membros do grupo, que se suicidaram em 26 de março de 1997.
Nostradamus, agosto de 1999
As escritas ofuscadas e metafóricas de Michel de Nostrdame têm intrigado as pessoas por mais de 400 anos. Seus textos, cuja precisão depende muito de interpretações flexíveis, foram traduzidas e retraduzidas em dezenas de versões diferentes. Um dos mais famosos dizia: "No ano de 1999, sétimo mês, do céu virá um grande rei do terror".
Bug do Milênio, 1º de janeiro de 2000
No início do século passado, muita gente ficou preocupada que os computadores poderiam causar o fim da Terra. O problema, referido pela primeira vez no início dos anos 1970, era de que muitos computadores não seriam capazes de diferenciar as datas entre 2000 e 1900.
Ninguém estava realmente certo sobre o que aconteceria, mas muitos acreditaram que um holocausto nuclear pudesse destruir o planeta. Nada disso ocorreu e o novo milênio começou com apenas algumas falhas.
Gelo e o fim do mundo, 5 de maio de 2000
No caso do Bug do Milênio não vir efetivamente, uma catástrofe global foi assegurada por Richard Noone, autor do livro "5/5/2000 Ice: the Ultimate Disaster" ("5/5/2000 Gelo: A Catástrofe final", na tradução do inglês). Segundo Noone, a massa de gelo da Antártida ficaria com 3 km de espessura em 5 de maio de 2000 - data em que os planetas seriam alinhados no céu, de algum modo, resultando no degelo global.
Pastor da Igreja de Deus, 2008
Segundo o pastor da Igreja de Deus, Ronald Weinland, o fim dos tempos está sobre nós - mais uma vez. Em seu livro "2008: God's Final Witness" ("2008: O testemunho final de Deus", na sigla em inglês), ele afirma que centenas de milhões de pessoas vão morrer e, até o final de 2006, "haverá um prazo máximo de dois anos para o restante do mundo mergulhar no pior momento de toda a história humana". No outono de 2008, os Estados Unidos não seria mais uma potência mundial e deixaria de existir como nação independente.
Fim do mundo na telinha do cinema
"Presságio" -
A história começa ainda na década de 1950, com um simples exercício de escola. As crianças devem fazer desenhos sobre como imaginam que será a vida no futuro. Estes seriam guardados em uma espécie de cápsula do tempo, para serem abertos 50 anos mais tarde, em uma comemoração do tal colégio. Ao contrário de seus colegas de classe, a jovem Lucinda Embry (Lara Robinson) preenche sua folha com números aparentemente desconexos. O fato de a menina ouvir vozes e ficar praticamente em transe enquanto anota os números já anuncia que nada de bom sairá do papel.
Cinco décadas depois, quem encontra o trabalho de Lucinda é Caleb (Chandler Canterbury), filho de John (Nicolas Cage). Com um toque de sorte e oportuno conhecimento matemático, o astrofísico John desvenda o enigma: cada trecho de número remete à data, local e número de mortos das maiores tragédias enfrentadas pela humanidade nos últimos 50 anos (terremotos, enchentes, incêndios, ataques terroristas, guerras etc).
Como há algumas desgraças que ainda não ocorreram, John tentará impedi-las, especialmente a última, cujos números estão incompletos. Para a tarefa, ele contará com a ajuda da filha de Lucinda, Diana Wayland (papel de Rose Byrne). Enquanto John busca respostas, Caleb e Abby (Lara Robinson), filha de Diana, começam a ouvir vozes, ter visões e ser perseguidos por homens estranhos e assustadores. Misteriosos, eles parecem ser os responsáveis por tudo o que se vê na tela.
"Apocalypto"
O filme não fala sobre o fim do mundo, mas conta a história da queda de uma das civilizações mais importantes da América Central pré-colombiana: os maias. O calendário maia, que aponta para o fim do mundo no dia 12 de dezembro de 2012, ainda assusta as pessoas até hoje. A civilização encerra a contagem do dia e das noites nesta data porque depois dela não haverá mais dias para contar.
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