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segunda-feira, 14 de junho de 2010

Uma estranha Mariposa


O que vou contar aqui me aconteceu a alguns meses atrás, enquanto eu estava indo dormir depois de ter passado da hora. Havia ficado muito tempo na internet conversando com alguns amigos, e por culpa disso acabei me perdendo no horário e ficando até tarde. Arrumei as coisas para a escola que eu teria no dia seguinte, coloquei o pijama e me deitei silenciosamente, pois não queria acordar meus pais. Já devia ser passado da 1 hora ou talvez um pouco mais. Não sei dizer.
Me cobri com cuidado até os ombros e fechei os olhos para tentar dormir. Demorou pelo menos uma hora e meia para ficar realmente com sono, e naquele ponto estava quase dormindo, quando vi, mesmo com os olhos fechados, algo brilhante passar por mim. Achei um pouco estranho, então abri os olhos para ver o que era e me assustei quando percebi uma criaturinha estranha voando pelo quarto, distraída como se nem tivesse me visto ali.
Ela era estranha. Parecia uma mariposa de uns 8 centímetros, tinha um tom azul turquesa nas asas que brilhavam suavemente, mas capazes de iluminar boa parte do meu quarto (ele não é enorme, mas pequeno não é. Diria um tamanho médio, mais alto do que largo) e haviam duas "cordas" saindo da parte de trás dela, da grossura de um cadarso mais ou menos (pareciam cadarsos), cerca de uns 10 centímetros cada uma. Elas brilhavam muito mais intensamente do que as asas da mariposa, tão ofuscantes que mais pareciam ser feitas de neon. Não consegui ver seu corpo, mas parecia ser pequeno, na mesma medida do de uma borboleta, talvez. Ela flutuava tão tranquila como se não houvesse oxigênio no quarto, principalmente os dois "cordões".
Ela estava voando muito perto do meu rosto, congelei com o pavor por causa daquela aparição repentina, mas era como se a pequena mariposa não pudesse me ver, ao menos eu sentia isso. Ela voava dançando por uma rota irregular, mas eu não ousava nem segui-la com o olhar. Ela me dava medo. Eu sentia de algum modo que se a olhasse, eu correria perigo. Era como se eu já corresse perigo, só por ela estar ali por perto. Acabei cerrando os olhos de tão assustada.
Fiquei esperando assim, sem nem me mover, na esperança de que ela fosse embora. Aguardei uns 15 minutos eu acho, até não poder ver sua luz neon através das pálpebras, então abri os olhos devagar para checar se ela havia mesmo ido embora, mas para o meu azar ela ainda estava por ali. Voava perto do teto, longe de mim, o bastante para eu não ter visto sua luz por trás das pálpebras, voava em círculos irregulares ao redor do meu ventilador de teto, mas logo se dirigiu à parede onde estava encostada a cama, quando, ao que eu senti, havia finalmente percebido que eu estava ali. Ela voou rente à parede um pouco mais rápido do que seu planeio tranquilo de antes, e quando estava perto de atingir a parede que ficava à sua frente ela simplesmente sumiu.
Eu não a vi desde então, mas até hoje a lembrança daquela presença me incomoda. É como se eu sentisse um pedacinho da morte toda vez que me lembro dela. Mesmo ela sendo tão linda, mesmo parecendo tão tranquila. A agonia e o pânico que senti naqueles poucos momentos, naquela breve experiência ainda se mantém vivos em mim, me atormentando pelo fato de eu não entender o que tinha ocorrido. Queria muito, mas muito mesmo, saber as respostas. Espero que aqui eu as encontre.

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